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Interpretar é exigência das provas de vestibular

17/10/2006 

VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
SIMONE HARNIK
da Folha de S.Paulo

A questão traz uma notícia de jornal, o trecho de um conto ou uma poesia. A resposta está toda contida no enunciado, e ainda assim o vestibulando sofre para chegar à alternativa certa. São as perguntas de interpretação de texto, que testam a capacidade dos candidatos de realizar uma leitura consistente e extrair do que foi lido todo o significado.

Historicamente, pelo menos um terço da prova de português da Fuvest é composto por questões de interpretação de texto. Isso não quer dizer, porém, que outras perguntas também não testem esta habilidade. Já houve casos, inclusive, de poemas e crônicas serem utilizados em questões de geografia e de história. A prova deste ano, que promete aumento no número de questões interdisciplinares, deve exigir ainda mais o domínio desta aptidão.

Por não envolver um conteúdo programático específico, muitos não sabem como estudar e desenvolver suas capacidades em interpretação. Para o professor Eduardo Antonio Lopes, professor e co-autor do material didático de português do Anglo Vestibulares, o sentido do texto é sempre resultado de uma relação. "Interpretar é estabelecer e reconhecer relações entre partes do texto e entre o texto e o contexto em que ele está colocado."

Para estudar, o professor recomenda que o aluno "torne consciente uma operação que normalmente faz inconscientemente": "É reconhecer no texto as marcas responsáveis por sentido e informação. São os pronomes, o uso das expressões que funcionam como sinônimos e as conjunções".

Já a professora Célia Passoni, coordenadora do Etapa, recomenda o treino com exercícios. "Nos últimos momentos, quanto mais treino, melhor. E treino se faz com exercícios: embora eles não sejam exatamente iguais aos que vão cair na prova, há uma linha na confecção de questões. Fazê-los dá traquejo na hora de resolver questões."

Os professores, porém, concordam que saber interpretar texto é algo que se aprende com o decorrer dos anos, em um processo lento. É o que mostra o caso da estudante Tatiana Santana de Sousa, 26, no quarto ano de cursinho para medicina. "Vim da escola pública e acho que não tive estrutura nenhuma. Um dos maiores problemas é a dificuldade de leitura. O difícil é interpretar, é uma dificuldade que vem desde o colégio. Acho que isso é o pior para conseguir recuperar, mas cheguei à segunda fase no ano passado e agora estou confiante."

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