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Unifesp aprova cotas para professores

13/07/2006 

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) aprovou ontem um novo tipo de cota: em seis dos seus cursos, haverá reserva de vagas para professores de escolas básicas públicas.

Os docentes disputarão entre si três das 50 vagas das carreiras de química, biologia, história, filosofia, ciências sociais e pedagogia. A medida vale já para o próximo vestibular, a ser aplicado em dezembro.

Os cursos serão oferecidos nos novos campi da instituição, na Grande São Paulo. Os dois primeiros funcionarão em Diadema; os outros, em Guarulhos.
A medida se soma às cotas na universidade para alunos negros, pardos ou indígenas do ensino médio público. Há dois anos, a instituição reserva 10% de suas vagas a esse alunato.

"Até agora, as ações afirmativas em discussão focavam o resultado, ou seja, os alunos com um ensino deficiente", afirmou à Folha o pró-reitor de graduação da Unifesp, Luiz Eugênio Mello. "Agora, queremos atacar realmente o problema. O professor poderá transmitir o conhecimento para todos os seus estudantes."

As cotas para professores foram aprovadas pelo Conselho Universitário (órgão máximo da Unifesp). A instituição escolheu cursos ligados à formação de docentes do ensino básico --medicina, por exemplo, não integra o programa.

Poderá participar qualquer professor da rede básica pública. Mas, como a intenção é que o docente não deixe totalmente suas atividades, a universidade espera que os candidatos sejam todos da Grande São Paulo.

Mello disse que não há estimativa de demanda de candidatos. "Vamos avaliar o programa. No ano que vem, podemos tanto aumentar o número de vagas como acabar com a ação."

Para Alípio Casali, professor da pós-graduação em educação da PUC-SP, o sistema é positivo. "Ele ajudará a qualificar o ensino público, com um efeito multiplicador importante."

Cotas raciais

O novo sistema de reserva de vagas da federal de São Paulo foi aprovado em meio à discussão nacional sobre a implementação ou não de cotas raciais em todas as universidades federais e no serviço público.

O movimento a favor das cotas defende que o sistema diminui a desigualdade. O grupo contrário afirma que a iniciativa acentua a discriminação porque dá respaldo legal ao conceito de raça.

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