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FGV vai acabar com eleição para diretor

27/02/2007 

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

A Fundação Getulio Vargas decidiu acabar com as eleições para diretor da sua Escola de Administração de São Paulo, uma das faculdades mais tradicionais do país.

A escolha do dirigente da instituição, fundada em 1954, era tradicionalmente feita pela Congregação, órgão que reúne cerca de 200 pessoas, entre docentes, alunos e funcionários.

A próxima seleção deveria ocorrer entre abril e maio, para substituição do diretor Fernando Meirelles (que teria direito a tentar sua reeleição).

A intenção é que o diretor seja agora escolhido por um comitê, mais restrito que a Congregação. Os moldes ainda não foram divulgados. A Universidade Harvard, nos EUA, é uma das que seguem o modelo.

As direções da fundação e da escola não se pronunciaram sobre as medidas. Segundo a assessoria, a mudança faz parte de uma reestruturação mais ampla, que envolve as faculdades de economia e de direito. Uma posição oficial, ainda de acordo com a assessoria, será dada quando o processo estiver finalizado, o que deverá ocorrer nas próximas semanas.

Apesar de ser uma instituição privada, a escola de administração da FGV-SP tem uma organização semelhante às universidades públicas: democracia interna (cujo destaque é a forma de escolha do diretor) e um órgão de representação forte (a Congregação), que discute e delibera sobre as principais decisões da escola.

Esse modelo, segundo professores e estudantes, faz com que docentes e pesquisadores tenham liberdade para abordar qualquer tema, mesmo que desagrade aos dirigentes da instituição. Nas universidades particulares, em geral, a comunidade acadêmica não possui tal autonomia --as decisões ficam centradas nos mantenedores.

Desde o ano passado, quando 17 professores foram demitidos sem consulta à Congregação, setores da escola reclamam que a fundação pretende diminuir essa liberdade na faculdade.

A presidência da fundação informou o fim da eleição no último dia 8, em uma reunião com um grupo de professores, segundo a Folha apurou.

Alguns presentes se mostraram contrários à decisão. Um dos argumentos foi que a mudança pode interferir no envolvimento e no comprometimento dos profissionais.

Ainda segundo a apuração da Folha, a direção da fundação afirmou que não haveria recuo na decisão, mas que está aberta a sugestões ao novo modelo.

"O que nos preocupa é a forma como a mudança ocorreu. Foi imposta, a apenas quatro meses do final do mandato da atual direção", disse o presidente do diretório acadêmico, Cassio Puterman.

O curso de administração da FGV-SP possui cerca de 1.600 alunos e 300 professores.

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