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Prova da Unesp será menos extensa e com mais textos, diz Vunesp

12/12/2006 

VINÍCIUS CAETANO SEGALLA
da Folha de S.Paulo

Uma prova menos extensa, menos trabalhosa, privilegiando a compreensão de texto e a capacidade de raciocínio do candidato, além da intensificação do caráter multidisciplinar das questões. Essas são as principais mudanças prometidas para o vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista), nos dias 17, 18 e 19.

Seguindo a tendência dos principais vestibulares do país, a Vunesp, fundação responsável pelo exame da Unesp, anuncia que exigirá mais reflexão e interpretação de texto e menos "trabalho mecânico" dos candidatos. A principal mudança deve acontecer no segundo dia de provas, em que os alunos respondem a 25 questões discursivas de conhecimentos específicos, com as disciplinas variando conforme a carreira.

"Faremos um exame de conhecimentos específicos menos trabalhoso. Nossas pesquisas têm mostrado que, nesse exame, muitos candidatos ficam na sala até o término do tempo. Então resolvemos tornar mais leve a prova em relação a isso", revela o professor Fernando Prado, diretor acadêmico da Vunesp. Ele explica como será a mudança na prática: "Temos 25 questões no segundo dia de prova, e muitas delas eram subdivididas em partes, a, b, c... Isso estava dando muito trabalho para os candidatos. Resolvemos eliminar qualquer divisão", adianta. Outra diferença será nos enunciados das questões.

"Sempre que foi possível, para não fazer uma pergunta seca, demos uma contextualização, referência ao cotidiano ou fato real nas questões." As perguntas multidisciplinares ganharão mais espaço.

"Costumávamos orientar os formuladores da prova a fazer um máximo de 20% de questões multidisciplinares. Neste ano, não colocamos limite", diz o professor, ressaltando que as perguntas são multidisciplinares, pois abordam temas de mais de uma matéria, e não interdisciplinares, que requerem um conhecimento integrado das disciplinas.

"O ensino médio ainda não provê uma educação interdisciplinar, por isso não podemos exigir."

As alterações anunciadas não surpreendem o professor Edmilson Motta, coordenador do Etapa. "As provas dos grandes vestibulares estão indo por este caminho, usar mais texto e raciocínio e exigir cada vez menos fórmulas decoradas e modelos prontos de respostas."

O candidato André Rodrigues, 18, que vai prestar medicina, está confiante, mas não acha que o modelo de fase única seja menos complicado. "A prova é mais fácil que as segundas fases de Unicamp e Fuvest, e mais fácil que a fase única da Unifesp. Assim, a sorte conta mais, pois uma ou duas questões podem fazer a diferença."

Colaborou FERNANDA NOGUEIRA

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