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Colégios misturam em salas alunos de diferentes idades

22/10/2006 

da Folha de S.Paulo

Logo que se entra na escola Kid's Home, em Cotia, na Grande São Paulo, uma frase do educador Rubem Alves pregada no muro chama a atenção: "Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas".

A sentença resume parte do que o colégio particular de educação infantil procura oferecer. Lá, os espaços não têm cara de sala de aula e todas as crianças fazem as atividades, conforme sua escolha. Com isso, numa mesma aula pode haver alunos de diferentes idades.

Assim que chegam à escola, um quadro com cinco tarefas para o dia está à disposição. A criança decide o que fazer.

"Existem possibilidades de pintura, de oficina de letras, de histórias. Mas há estímulos. Se vemos que a criança só vai às oficinas de letrinhas e de matemática, incentivamos que ela vá às de pintura, por exemplo", explica a diretora da escola, Regina Balthazar Pundek.

Segundo ela, os pais são avisados quando chegam à escola de que o objetivo não é fazer com que todos cheguem aos seis anos de idade já alfabetizados. Isso não significa, no entanto, que elas fiquem sem conteúdo. Ela afirma que já há alunos com quatro anos que lêem boa parte do que lhes é apresentado.

Regina questiona o que deve ser ensinado: "Quando se é criança, é preciso aprender as coisas que são mais difíceis, como a convivência com o outro, a tolerância, a flexibilidade e, inclusive, aprender a escolher e a se posicionar", aponta.

Mariângela Schalka, 35, escolheu a Kid's Home para seu filho Luiz, 3, por não parecer uma escola tradicional. "Para deixar meu filho fechado com todas as crianças, bastava mantê-lo no apartamento", afirma.

No Rio de Janeiro, a escola Sá Pereira, na zona sul da cidade, também adota a mesma estratégia de não separar as turmas por idade. Segundo a diretora, Maria Teresa Moura, o convívio entre crianças de diferentes idades é benéfico para todos.

"Os alunos mais velhos estimulam os mais novos, e estes muitas vezes também desafiam os colegas. Às vezes, o professor precisa intervir, mas criamos um ambiente que não é de competição. A criança aprende em meio à diversidade como ser solidária", diz Maria Teresa.

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