Discursos de Formatura

 

 

 

Estes são discursos de formatura proferidos por diversas pessoas em diversas ocasiões.
Aproveite as idéias e crie um discurso que se encaixe no contexto de sua formatura!

Discurso do Orador Secretário João Alfredo dos Anjos



 

 

Discursos proferidos pelo Orador da Turma de Dezembro de 1995, Secretário João Alfredo dos Anjos por ocasião da cerimônia de formatura das turmas "Florestan Fernandes" do Instituto Rio Branco
30 de abril de 1996


Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da República,
Excelentíssimos Senhores Chefes de Missões Estrangeiras no Brasil,
Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Relações Exteriores e seus antecessores aqui presentes,
Excelentíssimo Senhor Secretário Geral das Relações Exteriores e seus antecessores aqui presentes,
Excelentíssimo Senhor Diretor do Instituto Rio Branco e seus antecessores aqui presentes,
Ilustríssimas Senhoras Paraninfas,
Caros colegas,
Senhoras e senhores,


Os diplomatas que hoje se graduam aprenderam a valorizar as liberdades e garantias individuais pelas quais lutaram as gerações de nossos pais e avós. A ausência de manisfestos em nossa geração não deve ser entendida como ausência de vontade e determinação. Não acreditamos na unanimidade, mas na diversidade de opinião; não buscamos privilégios, mas o reconhecimento do mérito individual, do trabalho e sua justa recompensa.

Desde a aprovação no exame para o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata e durante o curso, sob a orientação dos professores e da direção do Instituto Rio Branco, aprendemos a aperfeiçoar esses valores. Não foi, por vezes, lição fácil, mas foi certamente lição cujo proveito saberemos apreciar na carreira que iniciamos. Agradeço, pois, em nome de meus colegas, à direção, aos professores, aos representantes de turma e aos demais funcionários do Instituto Rio Branco, que com seu trabalho diário contribuíram para o bom andamento do curso que ora concluimos.

O Curso de Preparação à Carreira de Diplomata vem passando por reformas que têm por objetivo aumentar a efetividade dos profissionais formados pela Academia Diplomática brasileira, reconhecida no país e no estrangeiro por sua excelência. A administração pública federal tem se servido com freqüência dos quadros do Itamaraty, assim como temos visto diplomatas brasileiros ocupando posições de relevo em organismos multilaterais.

Aqui tivemos um ambiente de formação profissional e discussão acadêmica dos mais instigantes não só nas disciplinas técnicas, mas também nas teóricas. Entre estas últimas está "Leituras Brasileiras", na qual tivemos a oportunidade de discutir um tema central: o Brasil.

Escritores como Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda e Florestan Fernandes - patrono de nossa turma - foram lidos e discutidos sob a orientação de nossas paraninfas, professoras Mariza Velozo e Angélica Madeira. Dos autores brasileiros que pensaram o país, seja em suas peculiaridades contemporâneas, seja em suas permanências seculares, passamos a nos dedicar ao pensamento acadêmico desenvolvido a partir dos anos '50, momento em que foram tomadas decisões que mudaram a face do país. A industrialização por substituição de importações significou a opção pelo desenvolvimento econômico em moldes clássicos, enquanto no campo político organizava-se a sociedade para buscar as reformas sociais sem as quais poderíamos deixar de ser um povo subdesenvolvido, mas continuaríamos a ser uma nação injusta. Se o projeto de industrialização do país avançou até os nossos dias, o projeto de reformas sociais foi interrompido em 1964 .

Hoje, nossa geração vê a possibilidade de retomar a agenda das transformações sociais sem as quais o Brasil continuará a ser uma nação injusta. Experimentamos, após muitos anos, a estabilidade da moeda e do câmbio. Os indicadores econômicos apontam uma melhora na distribuição da renda nacional. O conceito do Estado socialmente necessário volta à agenda das discussões políticas. A política externa, neste contexto, tem importância crescente como criadora de alternativas econômicas e políticas para o país. Temos, pela primeira vez na História do Brasil, um Ministro das Relações Exteriores que se elegeu Presidente da República.

Senhor Presidente,

Durante o Curso aprendemos sobre o nosso país e sua diversidade, sobre nossa própria diversidade, pois somos uma turma composta de gente e de idéias de quase todos os cantos do Brasil e mesmo do estrangeiro, uma vez que tivemos colegas bolsistas da Bolívia, do Canadá, da China, dos Estados Unidos, da Nicaragua, da Palestina e da Polônia colaborando decisivamente para o êxito do programa que cumprimos.

Podemos afirmar que foram as discussões e as monografias que produzimos sobre o que se costumava chamar 'civilização brasileira' as que mais nos ajudaram a reconhecer a vantagem que dela poderemos tirar no nosso trabalho. Conhecermo-nos a nós mesmos foi passo inicial para podermos nos dedicar às relações de nosso país com o mundo, desde os países vizinhos, de origens ibero-afro-indígenas comuns, até o Oriente, cuja contribuição à formação do povo brasileiro já é reconhecida.

A relação do Brasil com seus vizinhos tem mudado significativamente nos últimos anos. Se, há quase um século, buscávamos a solução para questões de fronteira; buscamos, hoje, a integração econômica, política e física com nossos vizinhos. Por sobre as fronteiras legadas, em grande parte, pelo trabalho do Barão do Rio Branco, construimos as pontes que garantirão a nossa inserção no novo cenário internacional. O sucesso do MERCOSUL será legado tão importante para as próximas gerações quanto o foi para a nossa o legado de Rio Branco.

Estamos assumindo nossos postos no Itamaraty cientes tanto da necessidade de esforço político crescente para integrar o país à sociedade internacional, como da importância da articulação diplomática com nossos parceiros nas áreas de comércio, meio-ambiente, direitos humanos e tecnologia para atingir este fim. Em recente discurso proferido por Vossa Excelência na Índia, foi reconhecido o papel dos Estados e seus governos na definição política dos contornos dentro dos quais o mercado internacional atua. Estamos preparados para o desafio que se nos apresenta no futuro próximo. O desafio de sermos instrumentos de execução de política externa voltada para a obtenção do bem estar do nosso povo e do convívio pacífico e profícuo entre as nações.

Senhor Presidente,

O padre Antônio Vieira diz, no Sermão da Primeira Dominga do Advento, que "nenhuma cousa deste mundo pára, ou permanece, todas passam." E conclui Vieira, "tudo passa para a vida e nada passa para a conta". A conta que deveremos todos prestar um dia, senão a Deus, ao povo que representamos.

Fonte: http://www2.mre.gov.br/irbr/IRBR/EC/DiscOr2.htm


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